Desde os anos 50 temos observado um declínio do número de aficionados da pintura dita acadêmica no Brasil. Apesar de ter um mercado perene, o advento do modernismo desestimulou a formação de novos artistas neste segmento. Raros são os que insistiram nesta forma de linguagem. Artistas pouco sintonizados com as mudanças e os movimentos artísticos cotidianos, movidos apenas pelo gosto pessoal comprometeram a qualidade da produção romântica impressionista a partir da segunda metade do séc XX.
O estudo dentro do arcabouço “acadêmico” ficou muito difícil, e poucos artistas conseguiram se sobressair tecnicamente neste contexto, pois os segredos da pintura se perderam ao longo do tempo com a falta de profissionais, praticantes e admiradores. Wilda Antunes é um exemplo heróico de pintores que insistem nesse estilo. A busca sistemática pelo conhecimento dentro da pintura acadêmica produziu a qualidade que é percebida nos seus quadros: composição correta, colorido vibrante e harmônico e temática genuinamente romântica com livre interferência no real em benefício da argumentação emocional.
Como a boa pintura sempre se defendeu por si é até dispensável essa apresentação, visto que a obra de Wilda Antunes é clara em suas intenções e dá seu recado com simplicidade e vigor.
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